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Indígenas voltam a protestar na COP 30 e bloqueiam entrada no 5º dia da conferência

  • sitenenacabral
  • 14 de nov.
  • 2 min de leitura
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Um grupo de indígenas da etnia Munduruku bloqueou a entrada da COP 30 em Belém, nesta sexta (14), três dias depois de uma violenta manifestação que deixou quatro pessoas feridas após a invasão da chamada Zona Azul do movimento. De acordo com as primeiras imagens divulgadas pela agência Reuters, por volta das 8h, era possível ver lideranças bloqueando a entrada do evento, com um esquema policial da Força Nacional do lado de trás da grade de entrada.


Segundo as imagens e falas de lideranças presentes, o protesto é pacífico e tem como objetivo forçar o governo a avançar na demarcação de terras indígenas com fiscalização para evitar a atuação ilegal de mineradoras. Os indígenas empunharam cartazes em devesa do território Munduruku citando que “chega de invasão e desrespeito”.


“Queremos demarcação das nossas terras, fiscalização, que respeitem os territórios [indígenas], que tenhamos saúde, educação. Não adianta chegar aqui e fazer negociação sem entender a floresta”, disse uma liderança que exigiu uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para o grupo ser ouvido pelos negociadores da COP 30.


A Gazeta do Povo procurou o Ministério dos Povos Indígenas para comentar as alegações do grupo manifestante e aguarda retorno.


Ela ainda criticou a atuação das mineradoras em terras demarcadas, rechaçando a negociação de créditos de carbono e a contaminação de rios com mercúrio decorrente da extração. Ela ainda alega que, a pretexto de remunerarem as tribos com dinheiro, as companhias tem o real objetivo de suprimir as aldeias.


“Pra gente não fazer mais a roça, mais aldeia, porque vão ficar monitorando o nosso território pra eles. [...] Agora querem colonizar as nossas mentes com esse crédito de carbono, dividindo os nossos povos [com a alegação de que] dinheiro é a solução”, questionou.


A liderança seguiu na crítica afirmando que as mineradoras tentam silenciar os indígenas com recursos do crédito de carbono e que deputados e senadores dizem tentar chegar a uma solução para conflitos, mas que apenas “criam grupos de trabalho” que não avançam. E também criticou o avanço de obras de infraestrutura nas terras demarcadas, como hidrelétricas, hidrovias, etc.


Membros da Defensoria Pública da União (DPU), do governo e da organização da COP 30 negociam com os indígenas para liberar a entrada do evento.


Mais informações em instantes.


 
 
 

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