
Por volta de 1555, Duarte Coelho Pereira, donatário da Capitania de Pernambuco, doou a seu cunhado Jerônimo de Albuquerque, terras da propriedade de Paratibe, território de Olinda.
Jerônimo de Albuquerque ao casar a filha, Dona Antônia de Albuquerque, entrega como dote as terras que fora doada ao genro, o português Gonçalo Mendes Leitão, que logo tratou de desenvolvê-las.
Em 1555, inaugura o Engenho de Açúcar Paratibe, movido a água, localizado à margem direita do rio Parátype, (Paratibe, segundo Alfredo de Carvalho, é corruptela de PIRA-TY-PE, nos peixes brancos, nas tainhas). Em 1559, com a benção do irmão D. Pedro Leitão (2º bispo do Brasil), inaugura também, uma igreja em honras a Stº Antônio, situada em Jardim Paulista próximo ao Rio Paratibe.

Gonçalo Mendes Leitão e sua mulher tiveram larga descendência e viveram por muitos anos na sua propriedade, mas D. Antônia de Albuquerque, já viúva, vendeu algumas terras de Paratibe e assim sucessivamente veio a retalhar-se a propriedade e cair no domínio de vários possuidores.
Posteriormente. João Fernandes Vieira comprou o Engenho Paratibe de Baixo (parte da propriedade original) e toda a propriedade dos Maranguapes, onde fez construir e inaugurou em 1656, a Igreja de N. Sª dos Prazeres dos Maranguapes, Matriz da Paróquia do Paulista desde 1710. Sofreu um misterioso incêndio em meados dos anos de 1950, que desde então se encontra em ruínas.
No século XVIII, por ordem do Rei de Portugal, foi edificada a fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, em Pau Amarelo, local onde dera-se em 1630, a invasão dos holandeses, permanecendo como referencial histórico.

Durante a Revolução Pernambucana, Padre João Ribeiro, percebendo o fracasso militar do movimento que liderava e a aproximação das tropas portuguesas, João Ribeiro Pessoa cometeu suicídio em 19 de maio de 1817, enforcando-se na capela do Engenho Paulista, em Olinda — atual município de Paulista — após a derrota dos revoltosos na batalha do Engenho Trapiche. Mas, por ordem do vice-almirante português Rodrigo Lobo, seu corpo foi desenterrado, esquartejado e sua cabeça exposta na ponta de uma vara no centro do Recife, onde ficou por dois anos.

A ORIGEM DO NOME PAULISTA
Em 1683 toda a propriedade, inclusive a de Maranguape, foi vendida a Manoel de Moraes Navarro, chamado de "O Paulista", por vir de São Paulo. Comandava parte das forças governamentais que destruíram o Quilombo dos Palmares, reduto de brancos res, negros e índios que sonhavam com a erdade.
Os engenhos foram se multiplicando em toda Capitania e no século XIX, já existiam várias usinas, inclusive a de Timbó, encrustada nas terras pertencentes aos Rodrigues Lima & Cia., cuja propriedade e a pequena fábrica de tecidos de algodão (sacos), foram vendidas em 1904 ao grande empreendedor sueco, naturalizado brasileiro, Herman Theodor Lundgren.

Cidade das Chaminés e dos Eucaliptos, foi pioneira no Nordeste em fábricas de tecidos de algodão. Com a morte de Herman Lundgren (1907), a Companhia de Tecidos Paulista - CTP, passou a ser administrada por seus filhos João Frederico, Alberto e Arthur Lundgren. Depois pelos seus netos, sob a presidência do Sr. Nilson e Carlos Nogueira Lundgren.
O município de Paulista, em Pernambuco, tem suas origens ligadas à antiga Vila de Olinda, da qual fez parte por muitos anos. Sua primeira emancipação ocorreu em 1933, mas acabou sendo anulada pouco tempo depois. Foi somente em 1935 que Paulista conquistou definitivamente sua autonomia política, consolidando-se como cidade e iniciando um novo capítulo em sua história de desenvolvimento social e econômico. Era o 2º distrito do Município de Olinda até 1935, quando então foi assinada sua emancipação política pela Lei Estadual Nº 11, de 04 de setembro de 1935.
Paulista possui um grande Parque Industrial, mais precisamente em Paratibe e que já teve grande pujança.
Além da vocação industrial, Paulista também se destaca pela sua tendência turística. Seus monumentos. Igrejas, o Forte de Pau Amarelo, a Casa Grande, etc., despertam a curiosidade e deslumbram os visitantes, turistas nacionais e estrangeiros.
A orla marítima encanta os visitantes face a beleza da paisagem, com os seus coqueirais, praias de águas mornas e calmas, próprias para um tranqüilo e revigorante banho de mar, passeios de catamaras e variados esportes náuticos. Isso tudo sem falar que é na Praia de Maria Farinha, que encontra-se um dos maiores parques aquáticos do Brasil: o Veneza Water Park, movimentando um grande número de turistas, que entusiasmados desfrutam de suas inúmeras atrações.
Origens e os primeiros engenhos
Tudo começou com a antiga eng. sesmaria de Paratibe, doada por Duarte Coelho a Jerônimo de Albuquerque. Nos anos 1550, essas terras viraram dote para Gonçalo Mendes Leitão, casado com Maria do Espírito Santo Arcoverde, filha indígena de tabajara. Foi ele quem ergueu, em 1559, um engenho-d’água, um sobrado residencial e uma capela dedicada a Santo Antônio — abençoada pelo bispo Dom Pedro Leitão
No final do século XVII, o Engenho Paratibe de Baixo mudou para mãos de Manuel Alves de Morais Navarro, natural de São Paulo, passando a se chamar “Engenho do Paulista” — origem do nome do município
Histórias de revolta
Durante a Revolução Pernambucana de 1817, morria o padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro, que se suicidou após perceber a derrota. Seu corpo foi desenterrado e sua cabeça exposta no Recife pelo almirante Rodrigo Lobo — um episódio marcado pela brutalidade da repressão, nas ruinas de Maranguape II igreja Nossa Sra dos Prazeres.


Desenvolvimento industrial e explosão urbana
Paulista só veio realmente se transformar no início do século XX, quando Herman Lundgren, imigrante sueco, adquiriu em 1904 a Companhia de Tecidos Paulista (CTP). Isso alimentou um acelerado crescimento urbano e econômico. O distrito foi criado em 1907, emancipado em 1928, anexado a Olinda em 1931 e restaurado como município em 1935. O livro sueco emigra para o nordeste conta a historia


ORIGEM DO NOME MARIA FARINHA
%2011_32_23_c03fbac9.jpg)
%2011_32_26_d982cbe3.jpg)
ENGENHO MONJOPE
As primeiras notícias sobre Monjope nos advêm de 23 de outubro de 1600, quando Antônio Jorge e sua mulher Maria Farinha, proprietários do engenho Inhamã, doaram aos Jesuítas em graça, uma quadra de terras medindo oitocentas braças.
O engenho foi o mais famoso entre os que possuíam os Jesuítas em Pernambuco.
No ano de 1679, Monjope era "residência autônoma e distinta", trabalhando nele, em 1692, perto de cem escravos.
Em 1722 o engenho, apesar de estar muito bem equipado e com muitos escravos, não produzia o que dele se esperava. Só em 1742, quando se achava em plena atividade, produziu vinte e duas caixas de açúcar.
As atuais construções datam de meados do século XVIII. Sua capela, dedicada a São Pedro, foi construída em 1756, sendo restaurada em 1816 e remodelada em 1926 por Vicente Novelino Filho, quando é construída sua torre.
Maria Farinha é de uma família oriunda da cidade de Sertã, em Portugal, ainda hoje existem ramificações familiares em Recife, a família Farinha proprietária da Ele e Ela Modas e Casa da Renda. A região equivalia a um trecho do litoral norte, e hoje é conhecido como bairro de Maria Farinha.

Porto Arthur: um cais com identidade paulistense
Desde o início do século XX, o Porto Arthur foi erguido pela influente família Lundgren, pioneira na indústria têxtil de Paulista, como uma estrutura estratégica na margem leste do Rio Timbó. Construído por volta de 1905 e estendendo-se por aproximadamente 1 km, todo o maquinário veio diretamente da Inglaterra, consolidando um porto de carga fundamental para abastecer a cidade.
O objetivo principal era facilitar o transporte terrestre e fluvial de tecidos, algodão, tijolos, equipamentos e insumos usados nas obras dos prédios e das fábricas da cidade de Rio Tinto(Paraíba) e Paulista, inclusive a icônica Igreja de Santa Isabel, e as chaminés das antigas tecelagens. Na ocasião, Paulista contava com cerca de 32 km de ferrovia ligando o centro à beira do rio, criando um corredor logístico que partia diretamente desse cais.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Porto Arthur ganhou ainda mais relevância ao intensificar o transporte de alimentos e mercadorias, por temor à escassez regional. No entorno do porto, formou-se um pequeno povoado com cerca de 16 casas ocupadas por pescadores e trabalhadores portuários. Foi nessa comunidade que, em 1950, se inaugurou uma escola rural batizada de Arthur Lundgren, em homenagem ao filho do patriarca sueco, o que reforça os vínculos familiares com o local.
No entanto, o cais e a escola foram desativados na década de 1960, com o encerramento das operações portuárias. O antigo povoado ficou abandonado e mergulhado na vegetação, hoje, o entorno se configura como uma área de excelente preservação ambiental, com manguezais remanescentes e trechos de Mata Atlântica intocados.
Significado para Paulista
Porto Arthur simboliza uma fase de crescimento e modernização de Paulista, integrando transporte fluvial, indústria e urbanização. Ele conecta os tempos coloniais dos engenhos ao dinamismo industrial do século XX, reforçando a história de transformação da cidade.
Hoje, o local permanece como testemunho silencioso desse passado industrial, ainda visível do rio Timbó. Seu gigantesco paredão de pedras, com mais de 600 metros, lembra os antigos dias de carga e comércio, agora envoltos por silêncio e natureza.
%2016_30_14_6b105b0a.jpg)
As ferrovias e o Porto Arthur – o pulsar industrial de Paulista
Pouca gente sabe, mas as ferrovias ligadas a usinas e engenhos centrais tiveram um papel gigantesco no desenvolvimento de Pernambuco, especialmente entre o final do século XIX e meados do século XX. Para se ter uma ideia, em 1922, enquanto as linhas da Great Western – que conectavam o estado a Maceió, João Pessoa e Natal – somavam 890 km em território pernambucano, as ferrovias particulares das usinas chegavam a impressionantes 1.163 km, 30% a mais. Era o auge da produção açucareira: Pernambuco era o maior produtor e exportador de açúcar do Brasil, com mais de 2.500 engenhos, dos quais cerca de 490 abasteciam as poderosas usinas centrais.
Dentro desse cenário, o município de Paulista se destacava. De acordo com mapas do IBGE dos anos 1950, a ferrovia da região passava majoritariamente por seu território, com ramais que chegavam a Paudalho, Nazaré da Mata e Igarassu. Seu traçado cortava o centro da cidade e, embora não estivesse conectado a ferrovias públicas como a Great Western, era um sistema vital para o transporte de mercadorias e passageiros.
Essa linha ferroviária tinha um destino especial: o Porto Arthur, um porto fluvial localizado próximo à foz de um rio que desaguava no oceano. A história começa em 1883, quando foi lavrada a escritura para construção da Estrada de Ferro Timbó–Jaguaribe, passando pelas terras do Engenho do Timbó e do Engenho Jaguaribe. Em 1887, o Engenho Timbó, já modernizado com maquinário importado da Inglaterra, transformou-se em Usina Timbó. Em 1906, o sueco Herman Theodor Lundgren adquiriu a propriedade, interessado principalmente na vasta extensão de suas terras — cerca de 148 km², área superior à do atual município de Paulista.
Mesmo com um perfil mais voltado à posse territorial do que à produção, a usina chegou a registrar, em 1914, uma produção anual de 40 mil toneladas de açúcar e cinco pipas de álcool, operando cerca de 30 km de trilhos próprios. Em 1918, o complexo já era conhecido também como Engenho Central Paulista e contava com um porto particular no Rio Timbó — o famoso Porto Arthur. O transporte era feito por locomotivas a vapor, em sua maioria fabricadas pela alemã Orenstein & Koppel, além de modelos ingleses e americanos.
O sistema ferroviário não se limitava à cana-de-açúcar: também havia serviço de passageiros, possivelmente conectando o centro de Paulista ao porto, de onde barcos seguiam para o Recife. Muitos usineiros, como Lundgren, preferiam despachar o açúcar de veleiro direto para os porões dos navios, evitando o alto custo dos fretes da Great Western e o transtorno de múltiplos transbordos, já que a bitola das ferrovias locais era submétrica.
A Usina Timbó encerrou suas atividades na década de 1920, sendo citada como inativa já nos anuários comerciais de 1929. Curiosamente, a última locomotiva registrada para a linha foi fabricada em 1925, o que levanta a hipótese de que, mesmo após o fechamento da usina, a ferrovia tenha continuado em operação para atender a uma tecelagem — um mistério que permanece sem confirmação.
Hoje, restam memórias e vestígios dessa época de ouro, quando os trilhos, o açúcar e o porto movimentavam o coração econômico de Paulista. O Porto Arthur, em especial, permanece como um símbolo da capacidade de inovação e da força industrial que moldaram a cidade.

Alto Sumaré
O Alto Sumaré é uma rua localizada no bairro Centro, em Paulista, Pernambuco. Apesar de seu nome remeter a uma elevação imaginária, trata-se de um logradouro urbano que preserva parte da memória local, embora não seja amplamente conhecido em documentos oficiais. Um ponto de curiosidade e história silenciada de Paulista.
A região por trás do nome “Sumaré” é lembrada principalmente por sua ligação à Vila Sumaré, um conjunto de sobrados construídos no início do século XX pela família Lundgren (donos das fábricas Aurora e Arthur) para abrigar técnicos de vários países mediante a sua especialidade técnica. Essas casas, com piso de madeira nobre e janelões, margeavam a antiga Mata do Frio, um refúgio natural e ameno para os moradores da época. Atualmente, a vila encontra-se praticamente esquecida, ameaçada pela especulação imobiliária e cercada pelo mato, sendo pouco lembrada pela Prefeitura ou Fundarpe.
Embora o Alto Sumaré não tenha sido palco de grandes eventos históricos, sua existência remete a um passado industrial paulistense marcado pela presença dos Lundgren e pela organização de áreas residenciais para operários especializados. Essa relação indireta com o patrimônio urbano e social de Paulista torna o local relevante para compreender como a cidade se estruturou no entorno de seus polos têxteis e a projeção habitacional que veio junto com eles.
Hoje, o Alto Sumaré permanece como um vestígio discreto da urbe, uma rua central, com nome curioso, que conecta o presente à herança de um tempo em que a indústria e o clima cortês da vila se entrelaçavam com as matas e mangues que ainda subsistem em recantos da cidade. Uma lembrança de que até logradouros aparentemente simples carregam, no seu nome, fragmentos da trajetória paulistense.

Templos que contam histórias




● Igreja Matriz de Santa Isabel Rainha de Portugal: erguida entre 1946 e 1950 pela família Lundgren em homenagem à matriarca Elizabeth Lundgren. Sua pedra fundamental foi lançada em 13 de janeiro de 1946, com presença do arcebispo Dom Miguel de Lima Valverde, sendo inaugurada em 29 de junho de 1950. Estilo eclético (romano, neoclássico, neogótico), com 60 m de altura e destacado em tijolos aparentes, hoje é um dos principais cartões-postais e um bem tombado pelo CEPPC desde dezembro de 2018.

● Igreja Nossa Senhora dos Prazeres: construída em 1656 por João Fernandes Vieira, foi a primeira paróquia do município. Ficou em ruínas após incêndio em 1959, mas a imagem da santa sobreviveu – considerada um milagre e agora voltou à capela Jesus Redentor em Maranguape 2. Aonde o Padre Joao Ribeiro se enforcou, na casa paroquial.

%2011_09_48_a51156ed.jpg)
● Nossa Senhora da Conceição dos Médicos (1812): templos coloniais preservados na orla do litoral paulista, todos de nave única e estilo simples, fixando raízes religiosas e culturais do século XIX.
● Capela de Santo Antônio de Paratibe: erguida em 1559 pelo português Gonçalo Mendes Leitão e consagrada pelo segundo Bispo do Brasil, Dom Pedro Leitão, é o primeiro templo católico de Paulista, PE. Com estilo colonial, apresenta fachada simples, com uma porta central na parte inferior e duas janelas na superior. Seu interior abriga uma nave única e um altar-mor com imagens de santos em gesso. Reconstruída em 1731 e restaurada pela última vez em 1988, mantém-se em bom estado de conservação. Localizada nos jardins do Centro Vocacional do Sagrado Coração de Jesus, no Jardim Paulista, é um símbolo de fé e história que atravessa mais de quatro séculos.


● Igreja Nossa Senhora do Ó (1811): tem sua história ligada a uma fonte de água considerada milagrosa descoberta durante a construção do templo, no ano de 1810. A água, com fama de curar doenças, atraiu romeiros e impulsionou a construção de casas para abrigá-los no terreno da igreja. A igreja, também conhecida como Igreja Santa Cruz dos Milagres, é um local de devoção e fé, atraindo fiéis e visitantes interessados em sua história
● Nossa Senhora da Conceição (1842): Erguida no século XVIII, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição é um dos templos mais antigos e tradicionais de Paulista, localizada em posição privilegiada à beira-mar, na Praia da Conceição. Com mais de 250 anos de história, sua construção remonta a um período em que a devoção mariana se espalhava pelo litoral pernambucano, servindo como ponto de fé e proteção para pescadores e moradores locais. De arquitetura simples, a igreja mantém características coloniais e se tornou um símbolo da religiosidade popular, além de ser um cartão-postal que une tradição, fé e a beleza natural do cenário costeiro.

Marcas arquitetônicas e culturais
A Família Lundgren deixou marcas até no urbanismo: os casarões, chaminés das fábricas Aurora e Arthur, e o Teatro Paulo Freire são memórias da era têxtil. Em Pau Amarelo, o Forte de Nossa Senhora dos Prazeres (Forte de Pau Amarelo), erguido em 1729 e tombado pelo IPHAN, reafirma o passado militar e colonial da região.
O litoral e a natureza
Paulista se orgulha de suas praias — Enseadinha, Janga, Pau Amarelo, Nossa Senhora do Ó, Conceição, Maria Farinha — onde diques e rios (como o Timbó) moldam paisagens singulares, conexão entre a cidade e o mar.
Paulista é um mosaico de histórias — do engenho colonial ao dinamismo industrial, da fé enraizada nos templos seculares à vida urbana moderna. Cada igreja, cada ruína, cada chaminé conta um capítulo; figuras como Jerônimo de Albuquerque, Gonçalo Leitão, João Montenegro, João Fernandes Vieira e os Lundgren dão alma a esse lugar.
%2016_23_41_2e22ae99.jpg)
Os Lundgrens
Herman Lundgren e Elisa com os filhos Frederico, Alberto, Guilherme, Arthur e Elisa.

Casarão dos Lundgren – História e legado em Paulista
No coração histórico de Paulista, ergue-se um dos mais emblemáticos símbolos da era industrial de Pernambuco: o Casarão dos Lundgren. Construído no início do século XX, o imponente prédio serviu como residência da família Lundgren, proprietária do então poderoso Grupo Paulista, responsável pela Fábrica de Tecidos Paulista — um dos maiores empreendimentos têxteis da América Latina na época, Paulista chegou a ser o segundo maior polo têxtil da América Latina, perdendo só para Americana, em São Paulo.
A arquitetura do casarão reflete o estilo e a imponência da época, com traços que mesclam influências europeias e adaptações ao clima tropical. Seus amplos salões e detalhes ornamentais revelam o poder econômico e a visão empresarial dos Lundgren, uma família de origem sueca que desempenhou papel crucial no desenvolvimento da cidade e da região metropolitana do Recife.
Mais do que uma residência de luxo, o casarão era um ponto estratégico de decisões que influenciavam diretamente o crescimento urbano e econômico de Paulista. Ao redor dele, desenvolveu-se um núcleo operário, com vilas, escolas, hospitais e toda uma estrutura pensada para atender aos trabalhadores da fábrica.
Com o passar dos anos e as mudanças no setor industrial, o casarão deixou de ser moradia da família, mas permaneceu como um marco arquitetônico e histórico. Hoje, ele representa não apenas a memória de uma época de grande prosperidade, mas também um importante patrimônio cultural da cidade, lembrando que a história de Paulista está profundamente ligada à saga dos Lundgren.
Além de sua relevância histórica, o casarão desperta curiosidades: há relatos de que recebia visitas ilustres. Entre os nomes de destaque que passaram por ali Getúlio Vargas, o empresário e ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, e a primeira ministra da Inglaterra Margaret Thatcher, e o grande empresário Assis Chateaubriand. Reforçando a relevância que o casarão e a fábrica de tecidos tinham no cenário nacional.
%2016_23_41_9ab11045.jpg)
Frederico Gaspar Dutra, 16.º presidente do Brasil, em visita a Paulista.

Primeira ministra da Inglaterra Margaret Thatcher

Getúlio Vargas, 14.° e 17.º Presidente do Brasil, em visita a Paulista.

Empresário e ex-presidente dos EUA Jimmy Carter.

Grande empresário Assis Chateaubriand.
Engenho Central Paulista
O Engenho Central Paulista era também conhecido como Usina Timbó. Pertenceu ao Sr. Herman Lundgren e depois á Cia de Tecidos Paulista. Em 1918 chegou a ter 30 km de linhas em bitola de 0.66 m, além de um porto particular com 7 embracações no Rio Timbó - este, o Porto Artur. Até agora foram encontrados registros de 13 locomotivas a vapor, a maior parte de fabricação alemã, da Orenstein & Koppel, além de 3 Fowler inglesas e 1 Baldwin americana. A ferrovia, além de transportar cana, também tinha um serviço de passageiros, possivelmente entre Paulista e o porto para se conectar com os barcos para o Recife.
Como tantas outras usinas de Pernambuco, não se ligava à Great Western. Muitos usineiros preferiam despachar o açúcar para o Recife de veleiro, com a conveniência de se fazer o transbordo direto para os porões dos navios, e não se sentiam compelidos a usar a GW, da qual consideravam os fretes muito caros. Além disso a maior parte das usinas de Pernambuco era de bitola sub-métrica (0,75m na sua maioria), o que incidiria em mais um transbordo.
A usina fechou nos anos 1920 - um anuário comercial de Pernambuco de 1929 dá a usina como inativa há anos, fato confirmado pelos anuários do IAA de 1929 e 1930 (os únicos com dados sobre ferrovias de usina). O curioso é que a última locomotiva foi construída pela Orenstein & Koppel em dezembro de 1925. Há uma especulação que após o encerramento da usina a ferrovia tenha continuado a atender uma tecelagem, porém falta a confirmação (Nicholas Burmann, 2006).


Padre Cícero envia telegrama pedindo emprego aos Lundgren

Paulista North Way Shopping: passado industrial e modernidade urbana
O Paulista North Way Shopping está situado às margens da Rodovia PE-15, no Km 16,5, no Centro de Paulista — um ponto de fácil acesso, especialmente por sua proximidade com o Terminal Integrado Pelópidas Silveira, um dos principais hubs de transporte público do Recife e Região Metropolitana
Paulista North Way Shopping.
Origem industrial preservada
Antes de ser shopping, o local abrigava a histórica Fábrica Arthur, parte da grandiosa Companhia de Tecidos Paulista, controlada pela família Lundgren — um dos maiores complexos têxteis da América do Sul no início do século XX.
A memória dessa época foi cuidadosamente preservada: a chaminé original, com mais de 80 metros, permanece de pé no terreno, imponente e simbólica. Junto a ela, o antigo casarão administrativo, utilizado na pesagem do algodão, também foi restaurado e integrado à fachada do empreendimento.


Forte de Pau Amarelo
O Forte de Pau Amarelo, localizado à beira-mar no município de Paulista, Pernambuco, é um dos marcos históricos mais emblemáticos do litoral pernambucano. Sua construção começou em 1701, sob ordem da Coroa Portuguesa, com a finalidade de reforçar a defesa da região contra possíveis invasões estrangeiras, sobretudo francesas e holandesas, que ainda representavam ameaça mesmo após as batalhas da Insurreição Pernambucana. O forte foi concluído em 1710, tornando-se uma das estruturas militares estratégicas para a proteção da costa norte do Recife.
O nome “Pau Amarelo” vem da abundância da árvore homônima na região, utilizada na época tanto para construções quanto para embarcações. O forte foi erguido em posição estratégica, de frente para o mar, com a função principal de vigiar a costa e proteger a entrada da então Vila de Olinda e do porto do Recife contra possíveis invasores.
Com arquitetura militar típica do período colonial, suas muralhas de pedra e cal abrigavam canhões apontados para o mar, quartéis e depósitos de munição. Ao longo dos séculos, o forte testemunhou importantes episódios da história pernambucana, servindo não apenas como ponto de defesa, mas também como símbolo da resistência litorânea.
Tombado como patrimônio histórico, o Forte de Pau Amarelo mantém-se como um testemunho vivo do passado, cercado por paisagens que unem história e natureza. Hoje, além de sua importância cultural, é um ponto turístico que permite aos visitantes viajar no tempo, contemplar o mar e imaginar os dias em que suas muralhas guardavam, com firmeza, a costa pernambucana.
Bandeira de Paulista – História e Simbolismo
A bandeira de Paulista foi criada em setembro de 1970 e oficialmente adotada em 26 de maio de 1971, com projeto assinado pelo artista Mestre Hildebrando Eugênio.
Descrição e Significados
Cruz (saint‑andre) formada por duas faixas que se cruzam simboliza o brasão no centro da bandeira.
Brasão central: traz uma roda dentada com chaminés, referência ao histórico polo industrial, ladeado por ramos de algodão e oiticica, plantas que foram importantes fontes de renda em tempos coloniais.
Cores principais:
Amarelo e azul, representando respectivamente as riquezas e o céu ou os rios da cidade;
Marrom, evoca o solo e a força do trabalho industrial;
Branco, simboliza paz e integridade.
Lema: “Ordem e Trabalho”, inscrito no escudo, reforça o caráter laborioso e disciplinado da cidade.
Faixas cruzadas representam a união entre duas importantes famílias, uma nativa e outra imigrante, em harmonia pelo desenvolvimento do município.
Elemento de Luto
À direita do brasão, duas faixas pretas simbolizam o luto oficial pelo falecimento dos ex-prefeitos Cândido de Assis Queiroga, Raimundo Barbosa de Almeida e Pedro Félix de Medeiros, uma homenagem solene à memória de seus serviços ao município.
A Estrela da Identidade
Acima do brasão há uma estrela única, que representa a presença de Paulista na Federação, destacando o município como entidade autônoma e luz própria dentro de Pernambuco.


Hino de Paulista
O antigo Engenho de Manuel Navarro
Cresceu e para o mundo despontou
É hoje palco de um progresso imensurável
Paulista, símbolo da graça e do labor!
Em teu rico solo, o choro é riso
Doce paraíso encantador
Onde os dias têm mais luz
Onde as estrelas têm bem mais fulgor
Em cima, o céu é mais azul, é mais bonito
Em baixo, a brisa tem aroma de eucalipto
Teu povo é mais ordeiro e mais gentil
Paulista, fração linda do Brasil (BIS)
Qual grande lençol verde se agitando
Teu mar faz do teu leste atração
Enquanto o Sol que é bem mais Sol sobre teu solo
Esquenta o ar, esquenta a vida esquenta o chão
És o apogeu de um sonho lindo
Esplendor de um dia de verão
Onde a paz reside em paz
Onde as roseiras bem mais rosas dão
Em cima, o céu é mais azul e mais bonito
Embaixo, a brisa tem aroma de eucalipto
Teu povo é mais ordeiro e mais gentil
Paulista, fração linda do Brasil! (BIS)
Composição: Joel Andrade
As belezas naturais de Paulista: mar, manguezais e florestas que contam a nossa história
Paulista é um mosaico raro de paisagens costeiras — são cerca de 14 km de litoral entre Enseadinha, Janga, Pau Amarelo, Nossa Senhora do Ó, Conceição e Maria Farinha — entrecortado por rios, manguezais e fragmentos preciosos de Mata Atlântica. Esse conjunto forma um patrimônio ecológico e cultural que ajuda a regular o clima, proteger a linha de costa e sustentar modos de vida tradicionais, além de oferecer lazer o ano inteiro.
Litoral: piscinas naturais, recifes e estuários vivos
Nas marés baixas, trechos da orla revelam piscinas naturais moldadas por recifes de coral e arenitos de praia, cenário perfeito para banho tranquilo, contemplação e esportes como stand-up paddle e caiaque. O encontro do mar com o Rio Timbó, na faixa de Maria Farinha, cria um estuário de alta produtividade biológica — berçário de peixes, caranguejos e aves costeiras — que também sustenta o turismo náutico local. A gestão ambiental da região monitora pressões como o uso turístico desordenado e a pesca predatória justamente para manter esse equilíbrio.


Estação Ecológica de Caetés (ESEC Caetés)
Em plena área urbana, a ESEC Caetés protege 157 hectares de Mata Atlântica e restingas — um dos maiores remanescentes florestais do litoral norte metropolitano. Criada pela Lei Estadual nº 9.989/1987 (à época como Reserva Ecológica) e recategorizada para Estação Ecológica pela Lei nº 11.622/1998, a unidade tem uso voltado à pesquisa científica, conservação e educação ambiental. As trilhas interpretativas e atividades educativas ajudam escolas e visitantes a entender a importância da floresta, onde são frequentes registros de preguiças e rica avifauna.


Reserva de Floresta Urbana (FURB) Mata do Janga
Pertinho da foz do Rio Paratibe e do Canal das Tintas, a FURB Mata do Janga preserva 132,24 hectares de vegetação de Mata Atlântica e manguezal. Criada em 1987 (Lei nº 9.989) e recategorizada em 2011 (Lei nº 14.324) para se adequar ao SEUC/PE, a reserva funciona como um “pulmão verde” em área densamente ocupada, ajudando no controle de enchentes, na qualidade do ar e na manutenção da biodiversidade urbana. Seus objetivos de proteção incluem a zona estuarina do Paratibe e a qualidade ambiental urbana à sua volta — funções vitais para o bem-estar dos bairros do entorno.


APA Estuarina do Rio Timbó
Abrangendo trechos de Paulista, Abreu e Lima e Igarassu, a Área de Proteção Ambiental (APA) Estuarina do Rio Timbó foi criada pela Lei Estadual nº 9.931/1986 e cobre cerca de 1.397 hectares. Trata-se de uma unidade de uso sustentável: concilia conservação com atividades tradicionais, regulando o ordenamento costeiro, o turismo náutico e a pesca. A APA resguarda manguezais, canais estuarinos e recifes, ambientes que sofrem pressões como urbanização e exploração desordenada — por isso o zoneamento e a fiscalização são tão importantes para garantir que a natureza continue prestando serviços ecológicos (proteção da costa, sequestro de carbono, biodiversidade) e gerando renda.

Uma das maiores bacias náuticas do nordeste
Paulista abriga uma das maiores riquezas naturais do Brasil: uma das maiores bacias náuticas do Nordeste e também do país. Sua costa se estende por aproximadamente 14 quilômetros de praias, margeada por rios, estuários e manguezais que formam um ecossistema único, de grande importância ambiental, econômica e social.
A bacia náutica de Paulista se destaca pela amplitude e diversidade de ambientes aquáticos, que vão desde o encontro de rios com o mar até áreas de estuário que servem como berçário para inúmeras espécies marinhas. Essa característica faz da região um verdadeiro celeiro de vida, garantindo não apenas a preservação da fauna e flora, mas também a manutenção de atividades tradicionais como a pesca artesanal, que sustenta muitas famílias locais.
Além disso, a bacia náutica é um potencial de desenvolvimento para o turismo e os esportes náuticos, já que suas águas abrigam cenários de rara beleza, entremeados por praias como Enseadinha, Janga, Pau Amarelo, Nossa Senhora do Ó e Conceição e Maria Farinha. A integração entre patrimônio natural e cultural transforma a região em um espaço estratégico tanto para o lazer quanto para a economia, fortalecendo ainda mais a posição de Paulista no mapa do litoral pernambucano.

EVENTO HÁ 65 MILHÕES DE ANOS FOI O MAIOR JÁ OCORRIDO NA TERRA

A 25 quilômetros do Recife, na praia de Conceição, em Paulista, está o único registro da América do Sul da maior tsunami de que se tem registro na Terra, fenômeno ocorrido há 65 milhões de anos. O evento provocou ondas gigantes e marcou o fim da era dos dinossauros. A relíquia histórica fica exatamente onde existe a antiga fábrica de cimento Poty, que hoje funciona apenas com a captação de argila para a fabricação de pozolana, um dos componentes do cimento, hoje fabricado na empresa da Poty na Paraíba. A megatsunami de 65 milhões de anos atrás aconteceu depois da queda de um meteoro na Terra.
O que existe na antiga fábrica é a chamada formação de rochas de carbonato de cálcio Maria Farinha, um paredão que vai do litoral de Pernambuco até o Estado da Paraíba. Na década de 90, o geólogo Gilberto Athayde Albertão, que trabalha na Petrobras da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, encontrou na área da fábrica de cimento fragmentos de fósseis de vários animais e vegetais de tamanhos diferentes em meio à rocha, o que dava a impressão de ter havido uma catástrofe no mar. A partir de cálculos, o especialista concluiu que somente ondas de 20 metros de altura e 112 quilômetros por hora seriam capazes de produzir aquela situação.
"O evento revolveu o fundo do mar, formando uma rocha diferente, exótica, que contém restos de carapaças calcárias de animais e um nível anormal de irídio, que é um elemento químico trazido à Terra somente por meteoritos", explicou o geólogo. O engenheiro de qualidade da Poty, Antônio Marinho, trabalha no local nos últimos seis anos e disse que já tinha ouvido falar que no local havia um mar. "Já encontrei diversos dentes de tubarão, eles são vermelhos. Também já achei conchas. Sempre entrego aos estudantes das universidades que vêm para cá estudar", contou.
Destruição - Para se ter uma idéia do que representou a megatsunami daquela era, o mesmo fenômeno ocorrido no último dia 26 de dezembro, que vitimou mais de 226 mil pessoas em treze países da Ásia e África, resultou em ondas de até 10 metros. Tsunami é uma palavra japonesa que significa grande onda ou sucessão de ondas marinhas que se deslocam em alta velocidade, podendo viajar a mais de 700 km/h e com grande comprimento, podendo ter mais de 100 quilômetros. O fenômeno pode ser também de pequena amplitude e ter várias origens. Por trás delas estão tremores sísmicos ou terremotos no assoalho oceânico, vulcanismos ou deslizamentos e avalanches submarinas.
Albertão contou que o meteoro caiu numa parte rasa do mar da Península de Yucatán, no México, formando uma onda que se propagou. O evento no Brasil foi menos devastador. Lá, formaram-se ondas de até um quilômetro de altura, o que ocasionou a destruição do Haiti e de partes do litoral mexicano e norte-americano. Assim como a última tsunami, a primeira também mudou a geologia do planeta.

EM MARIA FARINHA
As primeiras evidências do tsunami no Brasil foram encontradas pelo geólogo Gilberto Athayde Albertão, da Petrobras. Estudando as rochas calcárias da chamada formação Maria Farinha, no litoral de Pernambuco e Paraíba, o cientista descobriu uma série de anomalias ligadas ao impacto que extinguiu os dinossauros e à onda monstruosa provocada por ele.
Trata-se do único local em toda a América do Sul onde foi encontrado um registro geológico da chamada fronteira K-T (Cretáceo-Terciário), o limite entre as eras marcado pelo choque do asteróide. Entender esse limite é fundamental para a compreensão de como evoluiu a vida na Terra, pois ele encerra uma das maiores extinções em massa da história.
As evidências da fronteira K-T têm sido encontradas em lugares tão diferentes quanto a Itália, a Dinamarca e a Nova Zelândia. Elas consistem principalmente em microesférulas (grãos de vidro microscópicos produzidos pelo calor do impacto e lançados na atmosfera), no chamado quartzo de impacto (cristais também transformados pelo choque) e em níveis anormais de irídio, um elemento químico raro trazido à Terra por meteoritos.
Tais pistas nunca haviam sido localizadas na África ou na América do Sul, o que levou alguns céticos a duvidar da hipótese da queda de asteróide como causadora da extinção dos dinossauros.
No meio dos anos 90, Albertão, então aluno de mestrado na Universidade Federal de Ouro Preto, se lançou à busca. “Achei que fosse estar procurando uma agulha no palheiro”, recorda-se. “Tinha todas as bacias sedimentares do país para procurar.”
Maremoto
O pesquisador foi levado a Pernambuco após o levantamento de todas as rochas suspeitas de abrigar a fronteira K-T na base de dados da Petrobras. Foi parar na pedreira Poty, uma mina de calcário a 2 quilômetros do mar no município de Paulista, perto de Recife.
O local já havia sido estudado por paleontólogos (especialistas em fósseis) da Universidade Federal de Pernambuco. E havia coisas estranhas ali: fósseis de foraminíferos, animais marinhos microscópicos cujas carapaças compõem a rocha calcária, eram substituídos por outras espécies de repente ao longo do paredão rochoso.
Uma análise química realizada nos EUA confirmou que, em um certo ponto da rocha, havia 69 vezes mais irídio do que no restante dela. E as microesférulas de vidro estavam lá.



Conheço Paulista na ponta do pé, na palma da mão, na mente e no coração
Paulista é um pedaço da minha vida, um pedaço do meu coração. Paulista não é apenas a cidade onde cresci, é parte da minha essência. Conheço suas ruas, seus bairros e a história de cada canto, porque vivi e continuo vivendo lado a lado com o povo que constrói essa cidade todos os dias. Meu amor por Paulista vai muito além das palavras, é um compromisso que carrego com orgulho, de cuidar, preservar e lutar pelo que é nosso. Faço questão de manter viva a memória da nossa história, porque acredito que um povo que conhece suas raízes é um povo mais forte e preparado para enfrentar os desafios do futuro. Paulista sempre foi, e sempre será, a razão da minha luta, do meu trabalho e da minha dedicação.



